quinta-feira, 24 de junho de 2010

"Um peixe não sabe que está num aquário até que tirem ele de lá"



Na revista IstoÉ dessa semana há uma entrevista interessantíssima com o professor inglês e consultor de governos europeus Ken Robison, de 50 anos, com o seguinte título: “A escola mata a criatividade”. No texto ele defende sua teoria de que o sistema educacional inibe as habilidades pessoais, e de que nem todos precisam ir à universidade.

Ele compara as pessoas que passam a vida odiando o que fazem, “apenas esperando o final de semana”, enquanto outras conseguem trabalhar com o que amam, sentindo prazer... Afinal o que as diferenciam? Segundo ele, esse é o “elemento-chave”.

ISTO É - O que significa elemento chave?
Ken Robson – É o que uma pessoa faz naturalmente bem, se divertindo e se sentindo confortável. Pode ser quarquer coisa, como tocar guitarra ou ser bom em matemática. Mas encontrar o seu elemento-chave não é somente fazer algo muito bem, porque há muitas pessoas que são boas no que fazem. É também amar o que se faz. Se você gosta daquilo que faz bem, efetivamente está em seu elemento. Mas a maioria das pessoas não tem esse sentimento quando pensa no trabalho delas. Elas levam a vida sem nenhum prazer no que fazem. Frequentemente, não estão fazendo a coisa certa – e não sabem qual é a coisa certa. Então apenas tocam a vida, sem nenhum sentido.

 

Ao longo da entrevista ele explica como as escolas inibem os talentos, preocupando-se apenas com que os alunos entrem em uma faculdade, e sem preocupar em desenvolver talentos individuais. “As crianças vivem em um mundo digitalizado e nossa educação é do século passado. Falhamos em conectar os estudantes aos seus talentos”.


Sim, eu concordo com ele que o nosso sistema educacional está pra lá de ultrapassado, que algumas matérias deveriam ser retiradas dos livros estudantis, e ainda acrescentaria outras, como direito civil por exemplo, que não é apenas útil mas também necessário para fazer valer os direitos que alguns brasileiros nem sabem que possuem.


Mas, o que me chamou a atenção foi a teoria dele sobre o “elemento-chave”.... Já pensou, passar anos trabalhando com uma coisa que não gostamos de fazer? Como envelheceríamos mais rápido? E o pior, e os quilinhos a mais que podemos ganhar? Rs... Não há dinheiro que pague essas ruguinhas adiantadas...

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