"I don't know how to begin, cause the story has been told before..."
The story, Norah Jones*
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E por que você não fica? Fiquei. Simples assim. Afinal as teorias estão aí para as comunidades científicas, as preocupações estão aí para os conselhos dos pais e as leis do equilibrio estão aí para os nossos Deuses. Fiquei.
Corrí para a loja de cds mais próxima e escolhi um para ser trilha sonora, para treinar o inglês. “Norah jones… Já ouvi falar…”. Comprei.
Primeiro emprego, sete horas da manhã, e lá estava eu naquele café na Brodway com a rua quarenta e seis. “Quer provar?”, “O que é isso?”, perguntei. “Blueberry muffin”. Provei.
Então era um tempo mais ou menos assim: meus muffins de blueberry, a Norah Jones e New York City. Era um tempo que eu não sabia exatamente para onde estava indo. Fui.
(Parentêses): “E quando é que se sabe? Digamos assim: exatamente”.
Londres, inverno londrino. O tempo que se esgotava e as experiências suficientes. Todos aqueles estrangeiros, os estranhos, e nas entranhas da garganta, elas: respostas. Chegaram.
O mochilão que não acabava, e acabou. O passaporte estrategicamente roubado. O avião que atrasou. A volta de quem não havia partido, as lembranças: Voltaram.
Então era o coração do outro lado da rua. Os conhecidos, os amigos, as famílias. Pão com manteiga, samba rock e um incenso pela manhã. Comiam.
“Eu vi um filme e lembrei de você”. “Qual filme?” Perguntou. “My blueberry nights. Vai assistir e você vai entender porque.” Vou.
(Parentêses): “E quando é que se sabe?” "Cê sabe". Digo isso assim: de beijo roubado.