sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Martha e Arthur


Martha andava pela cozinha de um lado para o outro, e falava muito. Gesticulava. O marido, sentado na mesa de jantar, se dividia entre as contas do mês, e os doze ouvidos necessários à falante Martha. Vez ou outra, inclusive, fazia um comentário, para demontrar interesse. O que ele não queria era escutá-la duas vezes, esta e depois mais outras acusações sobre falta de atenção e essas necessidades de sí, que a esposa sentia, vez ou outra.

O assunto da vez era um filme, que ele não sabia muito bem "qual". E sobre a identificação besta de Martha, com uma tal personagem... Arthur disse, de uma vez:

- Ainda bem que vc não assistiu "Jason!", se não iria te trancar pra fora desta cozinha! Aqui tem muitas facas...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Império salta aos olhos.


Real. a necessidade de normalidade talvez, e esse talvez peca permeado de conotações temporais, mas, voltando ao fluxo do pensamento, a necessidade de normalidade talvez tenha suas doses de insegurança. A aceitação da loucura liberta, e concede a vida momentos (e só podem ser momentos) de felicidade plena. A perfeição ditatorial, amplia-se em uma consciência torta, e de belezas lunares. Demasiadamente expressivas. Amém, Van Gogh.
OBS. Detalhe do quadro "Noite", de Van Gogh.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

para Hamlet, com carinho:

“De pensar morreu um burro...”



“De pensar morreu um burro...”



“De pensar morreu um burro...”



E no caso do reino da Dinamarca, sim, há algo de podre. Devem ser os burros, todos mortos.