sexta-feira, 2 de novembro de 2007

traçados geo-gráficos e astro-lógicos.


















- Já te disseram que você é muito ingênua???
- Já. (risos).
- Qual é o seu signo???
- Capricórnio.
- Pô! Você deveria ser mais realista.
- É que eu sou capricórnio com ascendente em sagitário e a lua em peixes.
- Deve ser a lua em peixes... Eu sou gêmeos com ascendente em áries e lua em Leão. Então você já viu, né!!! Eu sou... Argth!!!!! (disse gritando).
- E eu sou touro... com ascendente em virgem, e paro por aí. (Disse a outra, tentando participar). As três riram.

***

- Olha eu preciso te avisar uma coisa... Eu sou um homem muito sentimental, muito sensível. Então se você está combinando de sair comigo, por favor saia, atenda o seu telefone, por que eu sou muito romântico, eu vou ficar pensando em você. Por favor... Sério mesmo. (disse olhando fundo nos olhos da mulher). Você vai achar estranho, mas é que eu sou cancerino e por isso...
- Cancêr???
- Por que? Você conhece alguém de cancêr? Porque se conhece alguém deve saber do que estou falando...

Maria pensou uma coisa. Maria disse outra coisa. E para finalizar Maria ficou olhando para as coisas sem pensar naquelas coisas em que estava olhando. Maria pensava em coisas distantes. A astrologia reservava significados significantes ao universo astral e a geografia mundial. Pensou em mapas e em símbolos. Em telas e em legendas. Signos Cotidianos. Maria visualizava nos Trópicos linhas paralelas que não se cruzariam nas perspectivas opositivas astrologicas, e nem nas perpendicularidades cartográficas. Não, não se cruz-avam, mas corr-iam separada-mente-juntas. Filhos do Equa-dor Mito-lógico. Mistura-riam-se em sonho se cá ao norte e lá nu sul houvessem bússulas dos camiños além do Equador. Mas não hay.

Seguiram... os traços. Opostos e paralelos. Ao vento, e ao infinito. Dois mundos, dois valores pós-mistur-ação. Espelho para os pobres cegos perdidos em suas mitologias tão humanas. Esse jeito tão limitado de olhar o mundo e tentar explicar o inexplicável. o muito Maior. The end.

2 comentários:

Clóvis Struchel disse...

"Dor que dói já não sendo...", tem um poema meu que diz isso, e é por aí, destinos que se entrelaçam num acaso importuno e que se desfazem feito lenda, ou lenha, brisa que sopra forte, fogo que acende e a brasa dissipa o laço, o passo e os sonhos. "Acorde tarde, Júlia, você nunca se lembra que um dia eu vou chegar trazendo-lhe o sol... estampado na camisa, e uma luneta de montar pra contar estrelas de manhã"* esse é um trecho do Fernando Paiva, compositor, meu parceiro.

Ah e eu sou áries com ascendente em gêmeos e lua em touro.

O vento sopra intenso?

Té.

Anônimo disse...

Amigaaaaa........vc tá escrevendo muuuito bem, adoro ler tudo que vc escreve!!!
Vou salvar seu blog no MEUS FAVORITOS!!!!!!
Beijoss