SIONÉSIO - "Você, Maria, quererá, a gente, nós dois, nunca precisar de se separar? Você, comigo, vem e vai?"
MARIA EXITA - "‘Vou demais."
Sionésio e Maria Exita - a meios-olhos, perante o refulgir, o todo branco. Acontecia o não-fato, o não-tempo, silêncio em sua imaginação. Só o um-e-outra, um em-si-juntos, o viver em ponto sem parar, coraçãomente: pensamento, pensamor. Alvor. Avançavam, parados, dentro da luz, como se fosse o dia de Todos os Pássaros."
Trechos extraídos do conto Substância, de Guimarães Rosa.
***
Linguagem do Amor. Porque Rosa, neste trecho, não apenas fala sobre o amor de Sionésio e Maria Exita, mas da própria expressão do amor em nossas humanidades. "Exita", "Vem e vai", inseguro, travado amor enquanto sentimento e pensamento brigam dentro sí. Até o aliviante "Vou demais", e o Amor, sendo "dois", sendo "ato consumado", aconteceu. Transforma-se então, em "amor-metáfora", e em seus destinos subjetivos. Entendeu?
Então sente.
Fica o convite, ao dia de Todos os Pássaros. Ou o mergulho, na Cachoeira de Água Salgada do meu claro e caro Clóvis. Eu já pulei. De alma despelada, penada, pelada e tudo mais.
MARIA EXITA - "‘Vou demais."
Sionésio e Maria Exita - a meios-olhos, perante o refulgir, o todo branco. Acontecia o não-fato, o não-tempo, silêncio em sua imaginação. Só o um-e-outra, um em-si-juntos, o viver em ponto sem parar, coraçãomente: pensamento, pensamor. Alvor. Avançavam, parados, dentro da luz, como se fosse o dia de Todos os Pássaros."
Trechos extraídos do conto Substância, de Guimarães Rosa.
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Linguagem do Amor. Porque Rosa, neste trecho, não apenas fala sobre o amor de Sionésio e Maria Exita, mas da própria expressão do amor em nossas humanidades. "Exita", "Vem e vai", inseguro, travado amor enquanto sentimento e pensamento brigam dentro sí. Até o aliviante "Vou demais", e o Amor, sendo "dois", sendo "ato consumado", aconteceu. Transforma-se então, em "amor-metáfora", e em seus destinos subjetivos. Entendeu?
Então sente.
Fica o convite, ao dia de Todos os Pássaros. Ou o mergulho, na Cachoeira de Água Salgada do meu claro e caro Clóvis. Eu já pulei. De alma despelada, penada, pelada e tudo mais.
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