quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Ainda bola fora, meu caro Clóvis.

Sim, ela estava bem a sua altura. Ombros para trás. Estatuária. E o nariz de batata que ficava empinado quando ela levantava a cabeça para cima. Armadura. Porque simplesmente ela não se despia e se jogava naquela estúpida água? Por que que as pessoas tem medo de ficarem assim, peladas por dentro? Sentimento. A visão daquela cachoeira de água salgada despertara alguma coisa lá dentro. E ela precisava urgentemente ficar pelada. ficar pelada. ficar pelada. ficar pelada. ficar pelada. Pensou em gritar para o senhor que passava na rua. "Ei, você, me ajuda a tirar a pele???" Como se mergulhava na cachoeira se existia a pele no caminho? Água de beber, camarada.

3 comentários:

A czarina das quinquilharias disse...

fantasia de gente é coisa das mais dificeis de se despir...
:*
beijo!

mg6es disse...

Olá, td bem? :)

Vim aqui agradecer sua visita, o carinho, lá no Traversuras; e, me deparo com essa maravilha em prosa e verso. Fã de Alice, como eu.

Um dia fui no seu site e rabisquei um comentário sem nenhum propósito:

"queria
que o mundo ruísse,
e toda poesia
transbordasse Alice"

e não é que ela respondeu? rsrs, e depois até nos encontramos...

Alice é um mundo!

vlw, bjo!

Anônimo disse...

Gente, que coisa mais bonita!Adorei esse seu blog!